sábado, 26 de setembro de 2009

Um Homem de Princípios

Contava-se a história de um homem que prezava seus princípios, e que esse mesmo homem teria caminhado entre nós. (Não, não estou me referindo a Jesus Cristo). Lembro-me ainda de uma de suas frases favoritas: "O princípio é o centro de tudo". Gostava de ouví-lo dizendo isso, na verdade, gostava mesmo da reações esboçadas quando as pessoas o ouviam dizendo isso. Era um misto de crédito e descrença, somado a uma vontade desmentí-lo, mas os ouvintes nunca haviam tomado a iniciativa de sequer questioná-lo quanto a isso.
Isso o incomodava. Ele queria a chance de ser posto à prova, ainda que pelo prazer de repentinamente perceber que poderia estar errado.
Ele era bombardeado diariamente pela máxima de que todos os homens eram mentirosos patéticos, pessoas sem escrúpulos, mas fato de ele não se reconhecer nesse discurso o incomodava fortemente. Não que tivesse vontade ser merecedor da sina prevista a todo homem, mas pelo fato de que esse discursoo colocava irremediavelmente na mesma condição que os demais.
ter princípios, de certa forma, o transformava numa aberração. Era inconcebível para os homens, que dirá para as mulheres, um homem cortês, que estivesse disposto a beijar o clitóris da parceira e não dormisse logo após o sexo, que quisesse assumir responsabilidades, ou mesmo ter uma vida conceitualmente normal.
Estudando este espécimen raro percebi que na verdade, a criatura era inápta à artes da canalhice, não dotado da síndrome da sacanagem adquirida (seria ele um mutante ou coisa assim?), e, por conta disso, não expelia os feromônios da cara de pau, o que o deixava em real desvantagem aos machos normais.
Em minhas entrevistas com o elemento percebi sua frustração interior. Patético. O homem de princípios só era daquele jeito porque não conseguia ser diferente...

Machismo? chauvinismo? Não importa. Essa é apenas a minha versão dos fatos.

Romanus.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Coisas para ignorar

Os protocolos de atendimento de empresas de celular (embora você saiba que cedo ou tarde pode precisar deles);
Pessoas ridículas (é sempre mais proveitoso ignorá-las que confrontá-las, mas use este conselho por conta e risco);
Situações ridículas (desde que o ridículo da situação não esteja centralizado em você mesmo, claro);
Problemas impossíveis de resolver (desde que sejam possíveis de ignorar);
Água de salsicha (desde que você não tenha o mal costume de bebê-la);
As músicas do Djavan (a não ser que você se ache capaz de compreendê-las)
Os conselhos de Caetano (eles quase sempre foram criados para esse fim)
As metáforas do Lula (dispensam ressalvas);
A ausência de dinheiro em sua carteira (afinal, essa é a condição normal da carteira em questão);
Os tapetes puxados no trabalho (sempre tem um fdp pra fazer isso por você);
Hakuna Matata