terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Pesadelo pessoal

No começo
tudo era sol
vento no rosto
tudo era liberdade
diante dos olhos apenas asfalto e horizonte
havia poucos carros
tudo parecia um convite
um chamado a velocidade
mas mesmo assim nao corria...
Queria olhar a estrada
sentir a brisa
seguir meu caminho
nada mais.
Ao longe havia algo.
Um pouco mais adiante
parecia algo contornavel.
Segui viagem.
O que e contornavel nao nos preocupa.
Mais de perto aquilo parecia um problema.
A dez metros tornou-se um obstaculo
(um daqueles tipo intransponivel).
Quando percebi eram tantas vozes
tantos braços
era puxado forçosamente a consciencia.
Dor. Nao tinha mais estrada.
Vento. Alsfalto.
Havia apenas dor. Desorientaçao.
Depois salas encardidas que deveriam ser brancas.
Dor. Injeçoes. Felizmente nenhuma fratura.
Dependencia fisica, social, medica...
E assim cortaram-me as asas,
jogaram no chao,
depois pisaram-me o pescoço,
humilharam-me exigindo retrataçao...
...
...