Cada vez que vou até a varanda desta que até então foi minha casa, mais taxativa grita uma sentença em minha mente:
"vou embora..."
Nada mudou.
Nada melhorou ou piorou,
mas a iminência de uma grande mudança
muda o sabor da vida.
Será melhor?
Será pior?
Será outro dia.
Cada vez que tenho de ir embora,
mais constante ficam os versos de Nina Persson:
I can't get close enough
I never get close
I can't get close enough
(a quem interessar possa: http://www.youtube.com/watch?v=R7wZR2ojnIk)
Cada vez que vou embora me sinto como essa pessoa
que não pode se aproximar demais,
pelo menos, não tanto como gostaria. Mas, a única coisa que realmente importa é que não saio de mãos vazias:
saio com um caminhão de boas lembranças,
a alegria de boas amizades,
e deixo algo de mim.
(Pois do contrário de que me valeria lamentar a partida?)