quarta-feira, 21 de março de 2012

Vou embora

Cada vez que vou até a varanda desta que até então foi minha casa, mais taxativa grita uma sentença em minha mente: "vou embora..." 
Nada mudou. Nada melhorou ou piorou, mas a iminência de uma grande mudança muda o sabor da vida. Será melhor? Será pior? Será outro dia. Cada vez que tenho de ir embora, mais constante ficam os versos de Nina Persson: 
I can't get close enough 
I never get close 
I can't get close enough 
(a quem interessar possa: http://www.youtube.com/watch?v=R7wZR2ojnIk
Cada vez que vou embora me sinto como essa pessoa que não pode se aproximar demais, pelo menos, não tanto como gostaria.  Mas, a única coisa que realmente importa é que não saio de mãos vazias: saio com um caminhão de boas lembranças, a alegria de boas amizades, e deixo algo de mim. (Pois do contrário de que me valeria lamentar a partida?)


2 comentários:

disse...

"O trem que chega é o mesmo trem da partida".

Entre partidas e chegadas sempre acabamos reencontrando as pessoas, mas por vezes elas voltam a ser meras desconhecidas como qualquer rosto na rua. A perda da intimidade exige novo começo, mas nem sempre é possível.

Romanus, órum disse...

Verdades que eu gostaria de ter o poder de desmentir, amada minha...